A partir desta segunda-feira, o Centro de Exposições Imigrantes será palco do maior encontro mundial das comunidades da internet, a Campus Party 2010. A terceira edição do evento, que reúne os aficionados por conteúdo e entretenimento em rede, deve contar com a participação de cerca de 6 mil internautas de várias partes do país e do mundo.
Os participantes estarão conectados a uma velocidade de 10GB e terão uma agenda repleta de atividades, como oficinas, palestras, conferências, competições e lazer. Os temas foram divididos em quatro zonas: Ciência, Criatividade, Entretenimento Digital e Inovação. Incorporados neste espaço, o evento vai oferecer 24 horas de atividades e reunirá as principais comunidades de software livre, fotografia, música, design e games, dentre outros.
Este ano, a Campus Party Brasil apresentará novidades no processo de escolha da programação. Segundo o diretor-geral do evento, Marcelo Branco, a organização ouviu as sugestões e opiniões de líderes de comunidades sociais e ex-campuseiros para construir uma grade de conteúdo. "Queremos oferecer atividades dos mais variados assuntos sobre o mundo digital e promover um grande diálogo entre todos os segmentos da web brasileira", comenta Branco.
Destaque da programação - A exemplo do que aconteceu em 2009, o "Momento Telefônica" é o ponto alto da programação e traz para o Brasil grandes nomes da era digital. O responsável pela campanha de Barack Obama nas eleições presidenciais, Scott Goodstein, promoverá uma discussão sobre política nas redes sociais e deve garantir todos os holofotes do evento. Outro que também merece destaque é Lawrence Lessing, um dos fundadores do Creative Commons e um dos maiores defensores do uso livre de bens culturais na web.
Já o brasileiro Marco Figueiredo fará palestra sobre a exploração espacial livre e a luta pelo conhecimento aberto. Ele divide a atenção com Marcelo Tas, que participará de um debate com um líder tecnológico de uma tribo quilombola sobre a popularidade das redes sociais e os fenômenos na web.
Na arena de música, o destaque é para o debate sobre questões que envolvem direitos autorais, compartilhamento e música livre. "A Campus Party mostra o que vem por aí", comenta o diretor de conteúdos do evento, Sergio Amadeu. Sobre a utilização de software livre, os campuseiros que gostam de música participarão ainda de uma oficina sobre produção musical de baixo custo e processo de gravação e edição de áudio em programas free.
No painel destinado à Realidade Aumentada, será abordado o fato de o uso do vídeo nos dispositivos estar se tornando cada vez mais frequente e possibilitando a criação de novas formas de interação e comunicação, principalmente em material publicitário e de propaganda. Os geeks vão conhecer um pouco do conceito, as aplicações e os estudos que estão sendo desenvolvidos na área.
Segurança monitorada - Em um evento que ultrapassa a marca de 100 mil visitantes, segurança é um dos pontos fortes da organização. Segundo a assessoria de imprensa da Campus Party, todos os cuidados estão sendo tomados para que o campuseiro possa desfrutar da grande festa da interatividade digital.
Equipes da Polícia Militar e seguranças particulares farão o monitoramento dos equipamentos que entram na arena do evento. Os participantes receberão uma fita de identificação para grudar em todos os seus materiais eletrônicos, como notebooks, câmeras e periféricos, que levará o número do RG do campuseiro.
Apesar de bolsas e mochilas serem revistadas ao entrar e sair do espaço, a organização pede para que os participantes levem cadeados para fixar seu material às mesas. "Ninguém vai ao estádio e deixa sua câmera digital na cadeira. Nós estamos fazendo a nossa parte e contamos com a colaboração de todos", comenta Robson Melendre, da The Jeffrey Group, responsável pelo evento.
