segunda-feira, 23 de maio de 2011

A campanha lançada pela professora Amanda Gurgel "10 % do PIB já para educação"


A campanha lançada pela professora Amanda Gurgel "10 % do PIB já para educação"
Amigos e amigas, venho por meio desse post em meu blogue, pedir a ajuda de vocês para divulgarmos a campanha lançada pela professora Amanda Gurgel. Depois de seu vídeo divulgado no site Youtube, em que ela manifestou o sentimento de muitos profissionais da educação em nosso país, quero convidar os meus amigos e amigas das redes sociais para que divulguem nelas a campanha "10 % do PIB já". Ajudem-nos na missão de conclamarmos aos nossos representantes que percebam o caos que existe na educação de nosso país. E, ninguém fará nada se nós não brigarmos e protestarmos que as verbas arrecadadas de nossos impostos tenham o destino correto e, prioritariamente, que sejam investidas em educação. Educação precisa ser uma bandeira de todos nós. O nosso hino de torcida. Grata, B.B.
Nós sabemos pensar?
Nesta semana, tive a oportunidade de participar de um circuito de palestras em minha Universidade, na verdade, um curso para pós-graduandos, mas aberto aos que tivessem interesse. As palestras eram todas voltadas à educação, aos profissionais que desejavam se lançar na árdua tarefa de ensinar. Eu como já desempenho funções de monitoria, decidi participar das palestras para aprender um pouco mais, quem sabe ganhar mais experiência.
Das palestras que participei; aquela que mais agregou valor a mim foi a intitulada: “Correntes filosóficas na educação”. A palestrante fez uma abordagem dos padrões educacionais adotados no Brasil, desde a educação ministrada por jesuítas até “os modelos” vistos hoje em dia. Para situar os ouvintes lá, ela citou alguns conceitos sobre as diretrizes de educação estudadas pela filosofia, desde os modelos mais centralizadores, onde o professor é o detentor de todo o conhecimento, às novas formas de se pensar educação – professor é facilitador do ensino – formação humanística.
Questionamos a adoção de aprendizagem integrada, onde os conteúdos e as matérias aparecem interconectados, sem os fragmentos tradicionais, por exemplo, em vez de ensinar na aula de matemática, apenas, os conceitos da disciplina, faz-se uma inter-relação com outros conteúdos; a aplicação na química, por exemplo. Desta maneira, cria-se uma excelente ferramenta para expandir as possibilidades dos estudantes. Sem deixar à deriva o conteúdo, desfazem-se as limitações de que numa aula de cálculo, só discutem-se números, e não à aplicação deles para resolver problemas cotidianos.
Na teoria isto é sem dúvida um avanço, mas na prática não ocorre, e considerando que de uma maneira geral o Brasil não tem tradição em oferecer ensino de qualidade, pautada na dialética, na possibilidade de expansão da formação; no entendimento de que toda a formação é sempre básica em qualquer nível, não temos outra saída para sermos valorizados. As habilidades e o uso do conhecimento, das competências vindas com a experiência, com a prática, e a capacidade de cada cidadão usar a sua abstração, desmontar e reconstruir conceitos para entendê-los, é pessoal. Pensar com embasamento e referência nos muitos problemas e nas muitas formas sociais em nossa humanidade é o que deveria ser feito. Questionar os paradigmas prontos.
A pergunta por mim levantada é antiga: nós sabemos pensar? Não poderia ser diferente. No período das eleições, agora e de antes, não consigo ou pude ver em nenhuma candidatura, alguém que se levantou e disse: “precisamos fazer educação de verdade no nosso país?” Falo isso, porque tive oportunidade de estudar em outros países, e há uma diferença brutal na forma de conduzir o desenvolvimento humano nesses países em relação ao Brasil.
Nas últimas campanhas, os nossos candidatos trataram a educação como o meio para o jovem arrumar um emprego com um salário razoável. Ninguém falou de educação e deu os meios para fazer dela, a oportunidade das pessoas serem inseridas, social, econômica e politicamente.
Todos dizem, a educação é ruim, mas poucos conseguem perguntar: o que precisa ser feito para melhorá-la? O que significa ser uma educação de baixa qualidade? Educação de qualidade é a conteudista? É aquela que não dá conteúdo algum, mas pautada na muita abstração, deixa o estudante inseguro? Educação de qualidade é a formação de técnicos para o mundo do trabalho?
Não tenho nada contra a formação técnica, pelo contrário, porque de fato toda a formação traz uma tecnicidade bem estruturada. Busca desenvolver no futuro profissional habilidades para ele desempenhar a função de sua escolha de carreira com excelência. A minha não é diferente. Mas será que naqueles cursos pontuais, de curto período, as escolas estão preparadas para ensinar não somente o modo de fazer, mas todo o processo de conhecimento que gerou a forma de execução? O técnico de nível médio tem condições de discutir e inovar em cima de uma metodologia para arrancar-lhe melhorias apenas com o roteiro de boas práticas e de como executar o seu serviço?
Para atender as necessidades de empregabilidade do jovem, as propostas dos candidatos em educação resumem-se em promover formação técnica. Ótimo, porém faço mais uma pergunta: e a formação continuada desse jovem? Novos cursos, novos níveis, contato com o vasto campo chamado conhecimento. Ninguém disse claramente. Não estava em foco.
De uma maneira pragmática, tenho medo de uma mudança no projeto que oferece a oportunidade de uma universidade de conhecimento para todos, para outro projeto de oferecer escolas técnicas para todos, de tal maneira, que substitua a oportunidade de pessoas menos favorecidas alcançarem o ensino superior, para oferecer-lhes uma formação somente na execução tecnicista. Uns com o programa técnico, os demais, de outra maneira, mas no conteúdo e forma, as mesmas coisas – oferecer cursos para resolver problemas pontuais.
Aliás, em São Paulo, existe um projeto semelhante ao oferecido pelo Governo Federal do Brasil que ajuda estudantes a alcançarem o ensino superior pelo oferecimento de bolsas de estudo. Em troca, eles compartilham de seu conhecimento à comunidade, ministrando cursos e projetos nas escolas públicas. Infelizmente, o discurso de campanha para colocar duas professoras na sala de aula, reduziu o tamanho de outro projeto. A oportunidade de São Paulo ajudar jovens egressos do ensino médio foi quase extinta na justificativa de ter cumprido seu papel... Cumpriu mesmo? Observe o jogo: pouco se divulga sobre ele ainda existir. Ninguém pensou: “eles deixaram de ampliar as verbas no ensino público, de ampliar o investimento, mas por pura crueldade, acabaram com um projeto fidedigno, para colocar outro em prática – projeto de campanha”. Para amainar e ocultar intenções lançou-se outra moeda de troca, a dádiva da proliferação de mais escolas técnicas e faculdades de tecnologia. Ótimo, e as outras Universidades Estaduais? E os cursos mais humanos, não tão tecnológicos? Pessoas que não desejarem se aventurar profissionalmente nas tecnologias de informação, estarão excluídas do mundo do trabalho? Ou será que em vez de mundo, elas devem ser mercadorias à espera de seu comprador, no tão desejado mercado de trabalho?
Nós sabemos pensar? A resposta para a pergunta precisa ser dada intimamente no seio de cada leitor. Você sabe qual é a pergunta a ser feita? De quem cobrar quando os seus direitos são violados? De não se esquecer das promessas do passado, não cumpridas, e na época de eleição o mesmo candidato optou pelos apelos emocionados, de um dia ele ter oferecido uma cesta básica e uma consulta ao necessitado, desejando nas entrelinhas, o seu voto.
Alguém transformou o dever de empregar o dinheiro dos impostos pagos em melhorias à população, na ideia de benefício. Investir e reverter os recursos provenientes dos impostos pagos é previsto por lei e pelos instrumentos conferidos ao governante quando está no poder, mas alguns transformam isso em sinônimo de dar um presentinho; uma espécie de taça podendo ser tomada caso ele não seja reeleito. Ampliar a renda de uma família em alguns dinheiros, levar luz para os lugares mais distantes tornaram-se guaridas de titulações, novos certificados para governar por mais quatro anos. Pensar onde foi parar os investimentos em educação para o desenvolvimento humano e a mesma chance de cada necessitado construir sua própria história sem a ajuda substancial do governo, não foi dito a ninguém. Onde está aquela geração capaz de fazer a leitura dos entornos e enxergar que há uma violação muito clara naquilo que chamaram de progressão continuada? Infelizmente, pensar gasta muito tempo, dá muito trabalho, melhor esperar pelo sistema de leis e a sua generosidade.
É correta a proposta educacional da progressão continuada quando comparada aos modelos adotados na Inglaterra e outros países europeus, dando tempo para o aluno se desenvolver, não o punindo com um tempo preestabelecido para o desenvolvimento de suas habilidades, com duras reprovações traumáticas. Estar na escola mais tempo, gastar um período a mais em formação, não é um problema, mas um cuidado com a educação do cidadão sem deficiências básicas ao ingressar atuante no mundo contemporâneo. Este período não precisa ser executado sob o estigma de uma reprovação, o aluno pode acompanhar os colegas na sequência de conteúdos em que obteve êxito, mas naqueles cujas dificuldades não foram tratadas, retomam-se as aulas e os conceitos, investigam-se as dificuldades do aprendizado. Daí o nome, progressão continuada, progredir e dar continuidade à formação de cada estudante. Jamais pode significar que o estudante recebe certificação sem ter de fato recebido uma educação adequada e com bom desempenho. Espero com anseio as mudanças prometidas no modelo...
No Brasil, falo mais por São Paulo, se fez e ainda se faz se não houver mudança, aprovação automática. Além das melhorias irrelevantes, mas impactantes no apelo, já teve candidato se fantasiando de bonequinho super-herói no rodapé de sua campanha. Fazer o quê? Pensar.
Os instrumentos do país aprovam o Estado entre as primeiras colocações de ensino, a regra é clara, pelo sistema, somos os mais desenvolvidos. Ninguém tem culpa se os instrumentos de avaliação não conseguem de fato medir o aprendizado do aluno. Mesmo porque, depois ele pode procurar um cursinho e aprender a resolver provas escritas sem de fato conhecer as possibilidades de conhecimento nos conteúdos ali cobrados. O sistema é assim, queridos amigos, mais importante o escrito no papel do que a realidade dos fatos. Mais importante o diploma do que a formação recebida. Muito mais interessante, a quantidade de publicações, do que o prazer em ministrar boas aulas, o bem querer dos alunos. Ainda que essas coisas não estejam intimamente conectadas.
Tenho medo dos futuros profissionais que chegam ao mundo adulto das responsabilidades e se deparam sem condições de sair do ponto. Ou às vezes, nem têm a percepção, pois serão mais facilmente manipulados, pois passaram longos períodos sendo privados de uma boa aula, de bons materiais de apoio, professores motivados e sempre capacitados. Se perceberem, será bem tarde, do quanto foram vítimas da educação pública oferecida nesses últimos anos. Educação que não lhes permite mudar o sistema. Forma de conquistar o eleitorado da maneira mais vil e sutil, apelando para a pouca lembrança, a pouca capacidade de ler nas imediações e questionar o processo, da maioria trabalhadora e humilde, apelando para o imediatismo de dar uma ocupação para os filhos e as filhas, apelando para a pouca ajuda oferecida aos muitos necessitados, e foi tão bem recebida, dada à condição de margem da sociedade, que eles não puderam questionar, não tinham condições ou passariam por ingratos; mas seus testemunhos comovem tantos outros em situação semelhante, ou saída de tal.
Com a proliferação de instituições particulares, muitos doutores foram demitidos após o curso daquela ou de outra instituição ter sido aprovado no Ministério. Tem local que sequer há plano de carreira para os docentes; mas a instituição precisa dos doutores porque ela precisa se apresentar bem perante o país. Mas ninguém os vê, ou os vê pouco, nem o Ministério os vê. Tem local que oferece no lugar de uma aula com o facilitador do ensino, a troca por materiais autoexplicativos e autodidatas enviados de forma online. Pena, que se esses alunos não souberem pensar; em algumas áreas em sua vida profissional, a dúvida não sanada, a proposta não apresentada com auxílio do professor, pode no futuro comprometer à vida de outrem. E, depois, perguntar se aquele profissional tinha ou não o direito de errar. Até a D.P. que deveria vir como nova oportunidade de formar, já é feita virtualmente, porque reduzem os gastos da empresa de ensino. É mais importante o diploma, não o aprendizado. Isso ainda virará uma grande bomba-relógio.
O que fazer diante do caos? Prender-se às regras do jogo, ou oferecer o “jabá”? Pois também o sistema inovou criando uma moeda de troca entre os profissionais da educação pública em níveis fundamental e médio. Quem der uma aula melhor ganha um bônus, quem não se dedicar não ganha absolutamente nada. Sinceramente, a regra deveria fornecer bônus aos professores por eles já serem professores em nosso Estado. Um trabalho quase voluntário, pois eles nunca receberão o que merecem, sempre trabalharão além do que é aceitável. Somente quem nunca elaborou material de aula, ou nunca fez uma prova, ou sequer enfrentou violência e longas distâncias para chegar ao local de trabalho, pode sugerir que oferecer um bônus é valorizar o professor.
Muito pelo contrário, quando não há plano de carreira, mas jornadas duplas ou triplas, agressões de todos os lados, e um contrato de trabalho que já traz a premissa da culpa, sendo culpa de quem não teve condições de trabalho o não direito ao bônus, é que sabemos o valor de cada profissional de educação na prática. E o problema é ainda maior, criado pelo próprio sistema, os professores esperam pelo bônus, quando já deveriam ter salários dignos, recebendo dignamente pelas aulas ministradas, para somente receber alguma premiação, quando houve destaque. Bônus para quem, quando o prêmio substitui o pensamento de estar sendo desvalorizado? Professor não se dedica? Explica a regra melhor!
Enquanto isso, nossos representantes, responsáveis por elaborar os projetos de leis, trabalham três ou quatro vezes por semana, com direitos a longos períodos de férias e recessos, e na atribuição do dever conferida mediante a lei, se dão o direito de ajustarem seus salários em mais de sessenta por cento, em alguns casos. É a lei, a regra, não há o que fazer. Talvez fosse mais justo, oferecer esse reajuste ou dar em forma de bônus a todos os profissionais de educação, por serem eles os responsáveis em trazer os futuros eleitores, candidatos políticos e outros profissionais de ensino. Por serem eles a trabalharem cinco dias úteis de cada semana, e períodos além de sua jornada, para fazer algo muito difícil, educar. Para quem a regra foi criada? Quais são as leis e os direitos que garantem a dignidade de cidadãos e não lhes dão a sensação de estar sendo lesados? Quem criou as leis? Como elas devem ser aplicadas? Regras para as pessoas seguirem, ou pessoas para as regras?
Por que eu desejo dizer tantas coisas, e concomitantes, quando deveria apenas explicar as regras de uma partida, ou me atentar a apenas uma delas? Porque as muitas vertentes de uma competição requerem outras leituras, preponderantes ao processo em que somos colocados diante da norma, da regra, e nos vemos de mãos atadas, porque não temos a quem recorrer, não somos respeitados, que dizer valorizados?
Porque também há uma regra na torcida. Todo torcedor precisa gritar ou vibrar pelo seu time. Quando ele não joga bem, vaiar em protesto, mas nunca desistir de incentivá-lo. Então, se de composições, criações e normas, está permeada a minha obra, eu preciso usar a lei de time, o grito de torcida, manifestada em hino, nova letra e composição, para garantir o meu direito ao grito. (...)
(Este texto faz parte do meu novo trabalho)

Mais uma vez, grata. B.B. "10 % do PIB já" para a educação.

Em entrevista ao Portal a professora Amanda Gurgel, que calou deputados no Rio Grande do Norte em discurso durante audiência pública, falou sobre a repercussão nacional de seu vídeo e o cenário caótico da educação no estado e no Brasil.
Portal O vídeo em que você denuncia a situação precária da educação pública já superou as 100 mil visualizações no YouTube e chegou à lista brasileira dos Trending Topics, no Twitter. Como você vê toda essa repercussão?
Amanda Gurgel Em primeiro lugar, é importante falar sobre a minha surpresa diante de tamanha repercussão daquelas palavras que não são só minhas, mas de toda uma categoria, não só aqui no Rio Grande do Norte, mas em todo o Brasil, como se comprova nos diversos comentários postados sobre o vídeo. Também não imaginei que as pessoas que não vivem o nosso cotidiano não conhecessem à rotina de um professor e do funcionamento de uma escola pública. Então, diante de informações tão reais, acredito que a repercussão do vídeo se deve ao fato de minha fala ter sido dirigida à Secretária de Educação, Betânia Ramalho, à promotora da educação e aos deputados, figuras que ocupam postos elevados na sociedade, a quem as pessoas geralmente não costumam se reportar, tanto por não terem oportunidade quanto por se sentirem coagidas, ou por se sentirem inferiores. Enfim, talvez pela combinação desses dois fatores: tanto pela expressão de um sentimento contido, comum a todos nós, quanto pela atitude diante de deputados.

Portal O vídeo foi gravado durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Qual era a razão da audiência? Qual o objetivo daquele debate?
Amanda Gurgel Era uma audiência pública com o tema “O cenário da educação no RN”. O objetivo era debater as questões da educação no estado, apontando alternativas para os seus problemas. A princípio, não se pretendia discutir a greve dos professores e funcionários, mas diante da nossa presença essa intenção foi rechaçada.

Portal – Como você avalia a situação da educação pública hoje no Rio Grande do Norte e no Brasil?
Amanda Gurgel Não existe uma palavra que melhor defina a educação aqui no estado e no Brasil do que caos. Um caos generalizado que começa na nossa formação e vai desde a estrutura precária das escolas, passando pelo caráter burocrático que ganharam as funções de coordenação pedagógica e direção, a superlotação das salas de aula, a demanda não suprida de professores chegando, finalmente, à remuneração do trabalhador que constitui a representação material do valor que é dado a nossa profissão. Mas, obviamente, todo esse caos não acontece por acaso. Há uma clara intenção da burguesia em manter a classe trabalhadora excluída dos processos que propiciem o desenvolvimento intelectual. Com isso, ela alcança dois objetivos: garante que os trabalhadores não atinjam altos níveis de cultura e pensamento crítico, conseguindo, no máximo, serem alfabetizados e aprenderem um ofício; dividir a classe trabalhadora, colocando-a em lados aparentemente opostos, como é o caso, muitas vezes, da relação entre professores e alunos ou as suas mães e os seus pais. É comum as pessoas acreditarem que greves prejudicam os alunos, quando é justamente o contrário: somente nas greves temos a oportunidade de abrir para a sociedade, os problemas que nós nos acostumamos a administrar no nosso cotidiano e que nos impedem de realizar o nosso trabalho. Somente nas greves podemos obter conquistas para a educação, pois, ainda que muitos já tenham sido envolvidos pelo discurso de que há outros mecanismos de luta que não a mobilização das massas, não é possível encontrar um caso em que nossos direitos tenham sido conquistados de outra forma. Os discursos de aparente conciliação servem apenas para mascarar ainda mais o fato de que a educação nunca foi prioridade para nenhum governo. Se não fosse assim, Dilma não teria cortado R$ 3 bilhões da educação nos primeiros dias do seu governo. Então, é necessário, em cada lugar do Brasil, transformar nossa angústia em ação. Não podemos baixar as cabeças atendendo às expectativas da burguesia. Precisamos mostrar a nossa consciência de classe e a nossa capacidade de organização.

Portal – A greve da educação no Rio Grande do Norte já atingiu mais de 90% das escolas, chegando até a 100% em regiões do interior. Na sua opinião, quais são as perspectivas da paralisação?
Amanda Gurgel Já contamos pouco mais de vinte dias de greve e a governadora Rosalba Ciarlini ainda não acenou com nenhuma proposta, tampouco uma que contemplasse as nossas reivindicações. Diante disso, a categoria tem reagido da melhor forma possível: lutando. A cada assembleia, recebemos informes de adesão das cidades do interior. Certamente, Rosalba e Betânia (secretária de educação) preparam alguma retaliação, mas estão enganadas se pensam que estamos para brincadeira. Não retornaremos às escolas sem o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos funcionários, a revisão do Plano dos professores, a aplicação da tabela salarial dos servidores e o pagamento de direitos atrasados. A arrecadação do Estado aumentou consideravelmente. Segundo o Dieese, só no primeiro trimestre desse ano, foram R$ 776 milhões de ICMS, o que representa R$ 110 milhões a mais do que no mesmo período do ano anterior. Além disso, de janeiro a abril, o Estado recebeu R$ 214 milhões de FUNDEB, cerca de 54 milhões a mais do que no ano anterior. Portanto, o momento não é para choradeira. O momento é para apresentação de propostas e negociação.

Faustão: cabo eleitoral da professora

 Amanda Gurgel (PSTU)


A professora Amanda Gurgel, que virou celebridade depois que seu depoimento sobre a Educação do Rio Grande do Norte, na Assembleia Legislativa, foi parar no YouTube, já com quase 300 mil visualizações, está ganhando cada vez mais cabos eleitorais para uma possível candidatura no próximo ano.
O apresentador Faustão, da Rede Globo, será forte cabo eleitoral da professora que é filiada ao PSTU.
Com a proibição de coligações, Amanda, se candidata pelo PSTU, terá que ter um caminhão de votos.
Coisa que o Faustão ajudará a conseguir.
E como.
Amanda foi convidada para participar do Domingão do Faustão.
E cabo eleitoral melhor do que "Faustão na Globo"...não há.


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