Ladrões trocam para centros menores e levam insegurança e medo aos moradores
- O aumento da criminalidade, aliado à falta de policiais e a quase nenhuma infra-estrutura nas pequenas delegacias tem transformado o dia-a-dia de municípios que até a década de 90 acompanhavam a violência apenas pelos noticiários da tevê ou nos jornais. O cotidiano de pacatas localidades, que dispõem de algum poderem econômico, deu lugar a crimes típicos dos grandes centros urbanos, como assaltos a mão armada, seqüestro-relâmpago, assassinatos e estupros. Mercados, casas lotéricas , residências de maior poder aquisitivo etc. É a chamada migração.criminosa. Quadrilhas inteiras se deslocam das maiores cidades, em decorrência do forte cerco policial empregado nestas regiões, em busca de dinheiro, jóias ou simplesmente para espalhar terror nas pequenas comunidades, que muitas vezes contam somente com um policial civil, responsável por todo o trabalho da delegacia, uma dúzia de PM's e viaturas em péssimo estado, sem contar com armas defasadas em relação aos bandidos. A desvantagem é flagrante, admitem os policiais. único policial que atua na delegacia, restou ouvir as vítimas e colocar o inquérito na fila de espera. De janeiro à primeira quinzena de maio foram registrados perto de 50 procedimentos. "É humanamente impossível", afirma o comissário. "Isso aqui tem mais trabalho do que muitas comarcas do Estado", emendou. "Tem que haver um comprometimento da comunidade".Enquanto a batalha quase desumana entre bandidos e os poucos policiais continua em cidades de menor porte, a população vive à beira do perigo. A falta de interatividade e o desdém da própria população é principal responsável.