Fonte JC
Alta definição e 3D na telinha
Publicado em 17.03.2010
JC PE
Na hora de parcelar seu televisor de alta definição em não sei quantas vezes no cartão de crédito, o consumidor deve estar atento a alguns pontos decisivos se quiser ter em casa a melhor imagem possível dos jogos da Copa do Mundo.
Em primeiro lugar, é preciso entender o conceito de full HD, a qualidade máxima com que uma imagem pode ser captada e exibida na TV. Para levar o selo, o aparelho deve ter, obrigatoriamente, 1.920 x 1.080 linhas de resolução. Se nas especificações técnicas do televisor estiver descrito um número inferior a 1080p, não se engane. A TV pode até ser digital, mas não oferecerá todas as potencialidades da transmissão HD.
Outra característica que vem gerando polêmica é o tamanho da tela. O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD) afirma que para o telespectador perceber a diferença na resolução da imagem, o aparelho deve ter 42 polegadas de diagonal, ou seja, cerca de 1,06 m. No entanto, não é raro ver o selo full HD impresso nas bordas de televisões com 32 polegadas. “É algo subjetivo, pois vai da percepção de cada consumidor. Mesmo com um número de polegadas inferior a 42, a televisão pode ter 1.080 linhas, o que lhe confere a classificação full HD, porém é difícil reconhecer todas essas linhas. De fato, a diferença só é realmente sentida em aparelhos com mais de 40 polegadas”, afirma o diretor executivo da TV Jornal, Luiz Carlos Gurgel.
O executivo ressalta que o consumidor deve estar atento se a TV já vem com o sintonizador digital (set-top box ou conversor, como é conhecido) embutido. “O televisor é a ponta de todo o sistema, é a porta de saída da imagem de alta resolução. O sintonizador é a inteligência, codifica as imagens recebidas. Boa parte dos dispositivos do mercado não vêm com a tecnologia inclusa, obrigando o consumidor a comprar um set-top box”, diz Gurgel.
O conversor nada mais é do que um aparelho que capta as imagens transmitidas, através de antena UHF, e as repassa para o aparelho de televisão. Sem o set-top box, a TV só captará o sinal analógico.
Uma das grandes vantagens de adquirir um televisor com tecnologia digital é o aspecto (erroneamente chamado de formato) 16:9 do aparelho. Essa característica é popularmente conhecida como widescreen, e sua origem remonta ao cinemascope, tipo de tela usada no cinema. Como as câmeras que captarão os jogos da Copa do Mundo serão nesse aspecto, e não no analógico 4:3 (quase quadrado), quem não tiver uma TV digital (todas widescreen) perderá detalhes importantes do jogo. Isso porque as laterais do aparelho, onde geralmente se visualiza a barra e o árbitro, por exemplo, serão cortadas pelo televisor com aspecto 4:3. Imagine perder um gol do Brasil em uma possível partida contra a Argentina?
Depois disso tudo, se a sua dúvida for escolher entre comprar um aparelho LCD, plasma ou LED, saiba que não existem três tipos de TV, e sim, dois. É que uma TV LED nada mais é do que uma LCD com lâmpadas LED, que economizam energia. Nas LCDs comuns, são lâmpadas fluorescentes quem fazem o papel de iluminar a tela. A principal diferença se dá no contraste e espessura. A potência do LED é maior que de feixes fluorescentes, possibilitando o corte de algumas camadas de luz que deixam as imagens mais cinzas e a TV mais grossa. Aliás, é importante salientar que no mercado nacional não existem ainda TVs totalmente de LED, pois apenas as laterais são preenchidas com esse tipo de lâmpada.
Em contrapartida, as de plasma têm a vantagem de gerar a cor preta, aumentando consideravelmente o contraste da imagem. A desvantagem é que costumam marcar a tela. Quando detalhes da imagem ficam estáticos por muito tempo, a tendência é que sombras fiquem gravadas na superfície da TV. Dúvidas esclarecidas, que comecem os bolões. (P.D.)
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